O Reino de Deus
O tema de nossa mensagem neste momento é O Reino de Deus. Em Mateus, capítulo três, versículo primeiro, encontramos a seguinte expressão: E naqueles dias apareceu João Batista, pregando no deserto da Judeia e dizendo: Arrependei-vos, porque está próximo o reino do céus. Ainda em Mateus o capítulo dez, versículo sete, diz o seguinte: Indo, pregai, dizendo, está próximo o reino dos céus. E, por fim, o capítulo dezesseis, versículo vinte e oito de Mateus nos declara: Em verdade, em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino. O que é e onde está o Reino de Deus? E como entrar no Reino de Deus? Quando João Batista estava pregando, dizia: arrependei-vos porque está próximo o reino de Deus; e mais adiante encontramos Jesus declarando, arrependei-vos porque é chegado o Reino de Deus. Afinal de contas, quando foi que o Reino de Deus chegou, e o que é que constitui o Reino de Deus? Se João pregava que estava próximo, e Jesus dizia que é chegado, quando foi que ele chegou? No Evangelho que escreveu São Lucas, capítulo dezesseis, versículo dezesseis, nós encontramos ainda o seguinte: A lei e os profetas duraram até João Batista. Desde então é anunciado o Reino de Deus, e todo o homem emprega a força para entrar nele. E surge neste momento a primeira pergunta: como entrar no Reino de Deus? O Evangelho que escreveu São João, no capítulo três, versículo três, diz o seguinte: Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo, que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus. No versículo cinco Jesus diz ainda: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. E no versículo sete Ele declara: Não te maravilhes de eu te ter dito, necessário vos é nascer de novo. Veja o que Jesus está dizendo aqui: para uma pessoa entrar no Reino de Deus é necessário nascer de novo. E diz Ele que aquele que não nascer da água e do espírito não pode entrar no Reino de Deus. E afinal de contas, o que significa nascer de novo? O que é o novo nascimento? Nós podemos observar que o novo nascimento se caracteriza a partir do momento em que o homem aceita Jesus como o seu Salvador pessoal: nesse instante ele nasce de novo. Ele nasceu de novo. Porque o homem vive neste mundo no seu corpo físico, e possui sua alma, que é o seu pensamento, o seu psiquê; mas o seu espírito está morto. E nascer de novo é ver esse espírito renascido. É renascer; e a única maneira do nosso espírito renascer é através da aceitação de Jesus Cristo como nosso Salvador pessoal. No momento em que o homem aceita Jesus, os seus pecados são perdoados e o homem nasce espiritualmente, tornando-se agora uma pessoa completa, com corpo, alma e espírito. Com a minha alma eu entro em contato com este mundo, utilizando o meu corpo. Mas a minha alma só pode entrar em contato com Deus através do espírito. Eu só posso entender Deus, só posso compreender a Sua palavra, só posso entrar no Reino de Deus a partir do momento em que eu aceito Jesus como o meu Salvador pessoal. A partir desta hora houve o milagre do novo nascimento. O nascido de novo pode entender quem é Deus, compreender a Sua Palavra, ter a esperança da vida eterna, a certeza de que Jesus Cristo vai voltar outra vez, e nos levar para a Sua glória. Esta certeza só têm aquelas pessoas que já aceitaram Jesus como o seu Salvador e nasceram de novo. Porém nós encontramos aqui, neste momento, uma pergunta: o que caracteriza o Reino de Deus? Vamos ler neste momento Mateus, capítulo doze, versículo vinte e oito, que diz o seguinte: Mas se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o Reino de Deus.
Pôde você entender o que é que caracteriza a chegada do Reino? É justamente a autoridade que você recebe, através de Jesus, sobre o mundo espiritual. Antes da vinda de Jesus, ou antes da morte de João Batista, Satanás reinava absoluto neste mundo. Mas quando cessou a lei, que vigorara até João Batista, cessou também o poder irrestrito que Satanás tinha sobre a raça humana. E Jesus afirma agora, “mas se Eu expulso os demônios pelo poder de Deus, consequentemente chegou até você o Reino de Deus”. Esta autoridade que eu tenho, que nós recebemos contra as forças malignas, é a principal característica de que o Reino de Deus chegou até nós, que está aqui entre nós. E Ele entregou à Igreja esta autoridade, quando diz em Mateus, capítulo dezesseis, versículo dezenove: E eu te darei a chave do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu. Veja a autoridade que o Senhor deu para a Sua Igreja. Que você pode perfeitamente nesse instante chegar-se perante um ministro do Evangelho e pedir perdão, e esse perdão é aceito no céu, porque é a Igreja que está intercedendo por você.
Mas encontramos ainda em Lucas, capítulo dezessete, versículo vinte, o seguinte: Interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior –- ele não vem de uma forma que as pessoas vejam. Não tem o formato visível dos grandes castelos dos reinos aqui da terra. O Reino de Deus não vem com aparência exterior. Diz ainda a Bíblia Sagrada que o reino de Deus não é comida e nem é bebida, mas é gozo, é paz, é alegria no Espírito Santo [ [1] ]. E também encontramos em Lucas, capítulo dezessete, versículo vinte e um: Nem dirão, ei-lo ali, ou ei-lo aqui, porque o reino de Deus está dentro de vós. Meu querido irmão, você quer experimentar hoje o Reino de Deus? O primeiro passo é aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal. É obter o perdão dos seus pecados, e automaticamente você vai sentir a paz que vem ao seu coração, no seu interior; porque o reino de Deus não é comida, não é bebida, mas é gozo, é paz, é alegria no Espírito Santo [ 1 ]. E hoje mesmo você pode sentir esta alegria e esta paz, aceitando Jesus como seu Salvador pessoal. Que Deus nos abençoe e nos guarde para sempre. Amém e amém.
O Bramido da Corça
Neste momento iremos transmitir a mensagem cujo tema é O Bramido da Corça. No salmo de número quarenta e dois está escrito: Assim como a corça brama pela corrente das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a sua face? As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem, constantemente: O teu Deus, onde está? Neste salmo que acabamos de ler, os três primeiros versículos fazem-nos ver um quadro impressionante daquilo que vem a ser a vida de um homem na presença de Deus. Não resta a menor dúvida de que uma das melhores coisas que existe na face da terra é o prazer e o privilégio de servir ao Senhor com alegria. O Apóstolo São Paulo declara que aquele que deseja o episcopado, excelente obra deseja [ [2] ]. E quando ele mostra as qualificações para um candidato ao ministério, o currículo de um homem para servir a Deus é cercado de integridade, pureza de caráter, procedimentos limpos. Porque quando Deus começa a usar o homem, que ele vai a um púlpito para entregar uma mensagem, ali naquele instante ele é o porta-voz divino para transmitir o Evangelho a este mundo que precisa ouvir a Palavra de Deus. Deus tem levantado homens neste mundo com o poder de uma eloquência e sabedoria divina extraordinárias. E o Senhor faz sobressair o nome daquelas pessoas que pagam um preço para serem usadas em Suas mãos. E nós podemos observar com toda a clareza que o homem bem sucedido na vida ministerial é um homem respeitado pela sua igreja, pelos seus congregados; são pessoas que lhe cercam de uma estima muito forte, porque naturalmente ali está um homem de Deus. E o homem, por seu turno, é compensado pelo privilégio que Deus lhe dá de estar à frente de uma grande obra.
Eu recordo que certa ocasião, num Estado brasileiro em que trabalhei, estive na igreja de um pastor que era brilhante. Mas aquele homem, um dia, não vigiando, ele fracassou. Foi afastado do ministério. Tempos depois eu estava pregando em praça pública, numa cruzada, a uma multidão imensa, e quando olhei para o posto de gasolina que estava na esquina, ali próximo, lá estava um bombeiro, abastecendo os veículos; durante um momento de trégua em seu serviço encostara-se à parede e olhava para a multidão. E quem era aquele bombeiro, ou aquele frentista? Era o antigo pastor daquela grande igreja. Aquele homem estava ali de longe, agora. Ele, que alguns meses antes, estava na liderança daquele trabalho, hoje amargava o dissabor de estar fora dos caminhos do Senhor.Mas o lado oposto disto é quando vemos o homem altamente usado nas mãos do Senhor que, de repente, fracassa, cai e se torna um opróbrio. Voltando ao salmo quarenta e dois, conforme diz a Palavra de Deus: Assim como a corça brama pela corrente das águas, assim a minha alma suspira por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando eu entrarei e me apresentarei ante a face de Deus? Este homem tinha experimentado o privilégio de poder servir ao Senhor, de ter sido um líder na sua nação, que conduzia as multidões à presença do Pai Celestial. Mas o que aconteceu com ele? Não sabemos. A Bíblia não nos mostra o que aconteceu com este homem, da família de Asafe, grande líder espiritual, que agora vivia simplesmente do saudosismo de um passado. No versículo quatro diz ele o seguinte: Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma, pois eu havia ido com a multidão, fui com eles à casa de Deus com voz de alegria, e louvor, com a multidão que festejava. Ele estava na linha de frente, era quem conduzia as multidões à presença do Senhor. Era um líder espiritual do seu povo que estivera na realidade transmitindo, às multidões, a multiforme graça de Deus, a palavra inefável do Senhor; mas agora, este homem achava-se colocado de lado. O que aconteceu na vida dele? De fato, não sabemos. Só o vemos, neste momento, sendo zombado, como diz aqui o versículo cinco: Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, pela salvação da sua face. Espera em Deus. Este homem esperava um dia ser reconduzido à presença do Senhor. Ele esperava um dia voltar a glorificar e a conduzir as multidões para se refrigerarem na presença de Deus. Mas agora ele vivia simplesmente numa situação muito drástica, quando as pessoas olhavam para ele e perguntavam: o teu Deus, onde está? Onde está aquele Deus que você sempre pregou? Quando subia ao púlpito da sua sinagoga ou da sua igreja, aquele Deus de poder e grandeza inefável, aquele Deus que tudo pode, para quem não existe nada difícil, onde está? Agora que você precisa Dele, onde Ele Se encontra? E este homem era zombado. E diz então o versículo cinco: Porque estás abatida, ó minha alma, por que te perturbas dentro em mim? Espera em Deus, pois ainda o verei, a ele, meu auxílio e Deus meu. E continua no versículo seis: Sinto abatida dentro em mim a minha alma. Lembro-me –- diz ele aqui –- portanto de ti, na terra do Jordão, e nos montes de Quebar. Era um homem que vivia agora do saudosismo, de um passado, de momentos de glória que ele vivera. Vivera no apogeu; mas o que ele enfrentava naquele momento era uma situação que eu creio que seja a situação de muitas pessoas que estão vivendo hoje na face da terra. Momentos trágicos, momentos difíceis.
A minha palavra neste momento é para você, caro companheiro no ministério. A Bíblia Sagrada mostra-nos que o dom da vigilância é tão importante como o dom da palavra, ou qualquer outro dom que nós precisamos na vida. Por isto a Bíblia diz, “vigiai, vigiai e orai, para que não entreis em tentação” [ [3] ]. O maligno anda em redor, para querer tragar; mas prossiga, servindo ao Senhor com alegria, e sabendo como você pode manter o dom da vigilância, para que ninguém um dia venha a zombar, perguntando, “o teu Deus, aonde está?” E você possa responder: “Está presente na minha vida.” Que Deus continue nos abençoando e nos guardando, hoje e sempre, amém e amém.
O Jejum que Deus Quer
Falaremos neste momento sobre o tema O Jejum que Deus quer. O Evangelho que escreveu São João, capítulo dez, versículo dez, diz o seguinte: o ladrão não vem senão a roubar, a matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Neste trecho bíblico nós encontramos a missão do ladrão, que é Satanás, e a missão que trouxe Jesus à terra. Falar sobre a missão de Satanás seria até uma incoerência de nossa parte, porque para saber o que ele está fazendo, basta você ler os jornais da sua cidade e ouvir os noticiários, que você vai ver crimes, misérias, assaltos. Enfim, a violência que campeia no mundo demonstra que ele cumpre com perfeição a sua missão de roubar, matar e destruir. Mas nós queremos neste momento chamar a sua preciosa atenção para a segunda parte do versículo, que diz: “Eu vim –- Jesus dizendo –- para que você tenhavida e a tenha em abundância”. Para que você tenha esta vida abundante. |
Mas, neste momento, surge a pergunta. Já que Jesus Cristo veio trazer vida abundante, por que é que nós encontramos em nossas igrejas centenas de pessoas que vivem numa situação difícil, e nunca experimentaram esta vida abundante? Por que é que muitos sofrem, e muitos vivem num estado de degradação terrível? Então queremos neste momento chamar a sua preciosa atenção ao que escreveu Mateus no capítulo dezessete, versículo catorze a vinte e um, que nos diz o seguinte: E quando chegaram à multidão, aproximou-se-lhe um homem, pondo-se de joelhos diante dele, e dizendo: Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático, e sofre muito, pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água; e trouxe-o aos teus discípulos, e eles não puderam curá-lo. E Jesus respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei eu convosco, e até quando vos sofrerei? Trazei-mo aqui; e repreendeu Jesus o demônio, que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou; então os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular, disseram: por que não pudemos nós expulsá-lo? E Jesus lhes disse: por causa de vossa pouca fé. Porque em verdade vos digo, que se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte, passa daqui para acolá, e há de ser assim; e nada vos será impossível. Mas esta casta não se expulsa senão pela oração e pelo jejum. Queridos irmãos, nós cremos perfeitamente que estamos diante de um quadro extraordinário, naquele momento da transfiguração, quando Pedro, Tiago e João estavam em cima do monte, com Jesus, desfrutando aquele clima tão delicioso, com Moisés e Elias ali presentes. Eles queriam fazer uma tenda, para ficar ali no topo do morro. Mas eles não sabiam o que estava acontecendo ao pé do monte, quando um pai trouxe à presença dos discípulos um filho que estava possesso, e os discípulos começaram a expulsar aquele demônio. Contudo o demônio não saía. A decepção foi grande naquela hora, porque diz a Bíblia que eles não o puderam curar. Os discípulos de Jesus não conseguiram expulsar o demônio. Ora, isso foi decepcionante porque numa cidade interiorana, onde nunca acontece nada, quando surge alguma coisa, aquilo atrai muita gente, a multidão se aproxima, e foi nesse momento que Jesus Cristo desceu do monte com os discípulos. E o pai do garoto correu ao encontro de Jesus, prostrou-se aos seus pés e disse: “Mestre, tem misericórdia do meu filho, que é lunático!” E naquele momento, o Senhor Jesus, olhando para eles, disse: “Ó homens de pouca fé, até quando vos sofrerei? Trazei-me o menino aqui.” Trouxeram o menino à presença de Jesus, Ele repreendeu aquele demônio, deixou o menino em liberdade e o curou totalmente, devolvendo-o ao seu pai. Que gozo, que alegria! Entretanto, os discípulos estavam decepcionados, ali num canto, porque não o haviam podido curar. Eles aproximaram-se de Jesus e levaram-No para o lado, perguntando-Lhe: “Senhor, por que nós não o pudemos curar?” Jesus respondeu: “Por causa da vossa pouca fé. Porque se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, vocês poderão fazer qualquer coisa”. Mas nesse momento Jesus olhou para eles e acrescentou: “Mas esta casta não se expulsa senão através do jejum e da oração.” E neste momento nós ficamos aqui diante de uma situação até certo ponto dúbia. Afinal de contas, o que é que cura: é a fé –- porque Jesus disse, se tiverdes fé, tudo é possível –- ou é o jejum e a oração? Meu prezado amigo, eu quero dizer-lhe neste momento que a nossa fé está na região espiritual, nos domínios do espírito. Mas muitas vezes o nosso espírito está sobrecarregado e a nossa fé está lá no fundo, soterrada pelos problemas desta vida. Pelos dilemas deste mundo. Pelo desespero que muitas vezes nós passamos, e pela falta de confiança que nos atinge. Então a nossa fé fica soterrada sob os escombros da carnalidade. E quando Jesus Cristo se voltou para os discípulos naquele momento, e disse que aquela casta não se expulsava senão pelo jejum e oração, não é que o jejum e a oração vão fazer o monte se mover do seu lugar, ou o demônio sair; através do jejum e da oração você pode perfeitamente liberar a sua fé, para que a sua fé possa entrar em ação.
E você me pergunta, como é que eu posso fazer isso? O Apóstolo São Paulo responde quando diz, aqui em Gálatas, capítulo cinco, versículo dezessete: porque a carne cobiça contra o espírito, e o espírito contra a carne. Há uma luta travada, o domínio do espírito contra o domínio da carne. Há uma batalha constante. Vai vencer aquele que estiver mais forte, aquele que estiver mais alimentado; mas nesse momento surge nova pergunta: como é que eu posso eliminar essa força da minha carne? O Apóstolo São Paulo, escrevendo Aos Colossenses, capítulo três, versículo cinco em diante, diz: fazei pois morrer os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é a idolatria, faça morrer esta natureza terrena. E nesse instante você pergunta mais uma vez: “como é que eu posso fazer morrer esta natureza terrena?” Só existe uma forma: deixando-a com fome. Deixando-a sem comer. E como é que eu a deixo sem comer? Através do jejum e da oração. Quando você jejua você crucifica a sua natureza terrena e libera o Espírito e a fé. E Ele pode perfeitamente entrar em ação de uma maneira poderosa, que aquilo que você quiser fazer, você consegue, no domínio do Espírito; mas é necessário fazer morrer esta natureza terrena. E a partir do momento que você jejuar, você vai ver como Deus pode transformar a sua própria vida e tomar você poderosamente em Suas mãos. Portanto, pratique o jejum, e viva uma vida de oração, e você vai ver o fluir do Espírito na sua vida. Que Deus o abençoe e guarde para sempre, amém e amém.
O Quarto Homem
O tema de nossa mensagem é O Quarto Homem. E basearemos a nossa mensagem neste momento no Livro do Profeta Daniel, capítulo três, versículo vinte e quatro em diante, que diz o seguinte: Então o rei Nabucodonosor se espantou e se levantou depressa e falou dizendo aos seus conselheiros: Não lançamos nós dentro do fogo três homens atados? Responderam e disseram ao rei: É verdade, ó rei. Responderam: É verdade, ó rei. Respondeu dizendo: Eu porém vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano. E o aspecto do quarto é semelhante ao filho dos deuses. Prezados irmãos, queridos amigos, a vida deste homem de Deus, Daniel, foi uma vida pautada de milagres extraordinários, de bênçãos incontáveis, o homem que obteve do coração de Deus as mais importantes revelações de toda a história da raça humana. Este homem teve o privilégio de conhecer as coisas futuras, o destino das nações, olhadas pelo binóculo profético. Este homem teve o privilégio ainda mais alto de ver a ascensão do Messias e a Sua retirada, na revelação das setenta semanas de Daniel. Daniel teve o privilégio de conhecer segredos e mistérios que estavam no coração de um homem que até ele próprio desconhecia, como é o caso do sonho de Nabucodonosor. E independentemente do lado espiritual, materialmente falando, este homem foi colocado em posições privilegiadas no campo político de um país estrangeiro. Mas o preço para tudo isso foi muito alto. Foi um preço extraordinário. É claro que este homem teve de passar realmente por angústias terríveis, tribulações e momentos de desespero; mas de forma alguma ele abriu mão do Deus a quem servia, porque sabia que Este era poderoso para livrá-lo de qualquer circunstância, ou situação adversa.
Nabucodonosor mandou erigir uma grande estátua. E quando chegou o dia, o momento da sua inauguração, com aquela grande multidão ali presente, ele determinou que, no momento do toque das trombetas, todos se curvassem perante sua estátua. E aquela grande massa humana simplesmente se curvou no momento do toque da trombeta; mas aqueles moços amigos de Daniel ficaram em pé. Não se inclinaram, não se encurvaram, porque sabiam que deveriam adorar simplesmente ao único e verdadeiro Deus. E quando todos dobraram os joelhos, mas aqueles homens ficaram em pé, desafiando a ordem do rei, o homem se enfureceu e deu mais uma “chance” para que eles pudessem se curvar. Porém de novo não se curvaram. “Peguem esses homens, atem-nos, e sejam lançados na fornalha ardente.” Ataram aqueles jovens e aqueceram a fornalha o máximo que puderam, a tal ponto que os homens que foram colocá-los na fornalha foram os primeiros a perecer, porque a temperatura era muito elevada. O espetáculo era grande. A multidão nesse momento dividia-se entre olhar para aquela estátua e ver a destruição daqueles moços. Depois de serem lançados lá dentro, Nabucodonosor olhou, como diz aqui a Bíblia Sagrada: Então o rei Nabucodonosor se espantou e se levantou depressa, falou dizendo aos seus conselheiros: Não lançamos nós dentro do fogo três homens atados? Responderam e disseram ao rei: É verdade, ó rei. Respondeu dizendo: Eu porém vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto homem é semelhante ao filho dos deuses.
Meus prezados irmãos e amigos, caros jovens, nós encontramos aqui o segredo da fidelidade de um homem a Deus. Deus é fiel para aqueles que Lhe são fiéis, como os homens que não se curvaram, mas estavam ali para glorificar o santo, eterno e precioso nome do grande Jeová-Jiré, Jeová-Rafá, Jeová-Shalom. Que pôde perfeitamente libertar, pois puseram-se a andar, “passeando dentro do fogo; e o aspecto do quarto homem era semelhante aos filhos dos deuses”. Nabucodonosor usa essa linguagem sem saber que ali dentro, o quarto homem que lá estava nada mais era, nada menos, do que a presença bendita de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele é o quarto homem que está aqui para nos ajudar, para nos auxiliar, para nos conduzir em triunfo, para nos livrar da fúria do rei e da boca do leão. Basta que a nossa fidelidade a Ele prossiga. É como encontramos o Profeta Isaías dizendo no capítulo quarenta e três, versículo dois: Quando passares pelas águas, eu estarei contigo; e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, e nem chama arderá em ti –- que promessa sublime, esta que nós temos do nosso Deus! Que está disposto a servir de escudo, Ele é a nossa fortaleza, Ele é o socorro bem presente na hora da angústia. O que diz aqui a Bíblia? Quando passares pelo fogo, ali estavam aqueles três moços, em plena fornalha, mas aproveitaram para passear dentro do fogo. Que coisa espetacular! E o quarto homem estava ali dentro, junto com eles! Isaías no capítulo quarenta e um, versículo dez, ele ainda diz: Não temas, porque eu sou contigo. Não te assombres, porque eu sou o teu Deus, eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustenho com a minha destra da justiça. E no versículo treze ele completa: Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo, não temas, que eu te ajudo! Esta presença sublime de Deus, esta presença sublime do Senhor, este escudo poderoso que está junto de nós, nos ajudando, nos auxiliando, nos conduzindo em triunfo, Ele não nos deixa um só momento. Ele não nos deixa um só instante. Ele serve de proteção para todos aqueles que temem o Seu santo e precioso nome! Quantas pessoas têm sido libertas e livres das garras do leão, simplesmente pelo privilégio que têm de servir ao Senhor com alegria, e de ser fiel a Ele em todas as circunstâncias da vida! E é justamente isso que você deve fazer. Há um Deus que está perto de você, há um Deus que o conhece, existe um Deus que sonda o seu coração, que sabe da sua retidão; assim como Ele esteve com aqueles três moços na fornalha, é possível que você esteja passando neste momento por uma angústia muito forte, por um problema muito difícil, numa tribulação sem precedente; mas eu quero que você entenda que assim como Jesus estava na fornalha, assim como Ele estava no barco com aqueles homens, em pleno temporal, assim como Ele estava presente com Daniel na cova dos leões, Ele está presente neste momento, ao seu lado, onde você estiver. Confie Nele, porque Ele lhe dá o escape que você precisa. Em nome de Jesus nós agradecemos, hoje e para sempre, amém e amém.
Pai Nosso
O tema de nossa mensagem neste momento é O Pai Nosso. A “Oração do Pai Nosso”, que nós encontramos em Mateus, capítulo seis, é uma das orações mais conhecidas em todos os tempos e em todo o Universo. Mas esta não é a oração de Jesus Cristo. Esta oração, Ele ensinou aos discípulos, que se dirigiram a Ele e pediram, “Senhor, ensina-nos a orar”. A autêntica oração de Jesus Cristo encontra-se no capítulo dezessete do Evangelho que escreveu São João. Ali nós encontramos a verdadeira oração sacerdotal de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Mas no capítulo seis de Mateus, quando Ele ensina os discípulos a orar, muitas coisas interessantes nós encontramos naquilo que deve ser uma oração dirigida ao Pai Celestial. Ele disse o seguinte: Portanto, vós orareis assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje, e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. A primeira coisa que nós observamos na Oração do Pai Nosso é a quem ela deve ser dirigida. E aqui está o destinatário: Pai. Pai nosso. Irmãos queridos e ouvintes da Palavra de Deus, uma das mais importantes e mais sublimes revelações que nós encontramos na Bíblia Sagrada a respeito de Deus não é o seu nome de Elohim, o Deus Criador, ou Aquele que Se apresentou a Moisés dizendo, “Eu sou o Senhor, Eu sou o Senhor da tua vida, Eu sou o Senhor de Faraó, Eu sou o Senhor de todos os habitantes da terra”. Não é também aquele nome em que Ele Se apresenta como Jeová-Rafá, Aquele Senhor que sara, ou Jeová-Shalom, Aquele que dá paz, ou Jeová-Jiré, Aquele Deus provedor, ou Emanuel, que quer dizer Deus conosco; mas o nome mais precioso que nós podemos encontrar foi este ensinado por Jesus Cristo, quando Ele disse, na oração: “Você se dirija ao Pai da seguinte forma: Pai nosso”. Que coisa esplêndida! Aquele Deus Elohim, Criador de todas as coisas, agora assume uma forma paterna; e o que é mais impressionante é esta figura de um pai, que todos nós conhecemos, sabemos quem é; você nunca precisa marcar uma audiência para falar com o seu pai, você fala com ele à hora que você precisa, à hora que você quer, à hora que você tem a oportunidade. E é justamente isso que Jesus Cristo diz aqui: “Quando você se dirigir ao Pai, a Deus, dirija-se da seguinte maneira: Pai Nosso –- ou Meu Pai!” E diz mais: que estás nos céus. Será que Ele está tão longe assim? Não, o Apóstolo São Paulo diz que nós estamos sentados nas regiões celestiais [ [4] ]; então Deus está dentro de casa, Ele está presente em nossa vida, isto é precioso demais para a nossa compreensão. Prossegue a Palavra de Deus: Santificado seja o teu nome. Este nome que é tão precioso, que nós não podemos tomá-lo em vão. Por que diz aqui a Bíblia santificado seja o teu nome? É porque os homens lá fora, e até mesmo muitas pessoas que conhecem a Bíblia, fazem piadas imorais com o nome de Deus, usam o nome de Deus de uma maneira em vã. Mas diz aqui a Bíblia, santificado seja o teu nome! Esse nome é santo, esse nome é puro, esse nome é maravilhoso, e não pode ser utilizado com qualquer brincadeira, não; porque tem de ser respeitado, porque é o nosso Pai Celestial. E diz aqui a Bíblia, venha o teu reino. Este reino que não é comida, não é bebida, mas é gozo, é paz, é alegria no Espírito Santo [ [5] ]. Este reino que está dentro de nós, este reino que não vem com aparência exterior, este reino que se reconhece pela autoridade que nós temos sobre as forças malignas, como Jesus disse, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, consequentemente chegou até vós o reino de Deus [ [6] ] ! O Reino de Deus é esta paz que você sente a partir do momento em que você aceita Jesus como seu Salvador pessoal. |
Então, a seguir, encontramos como diz aqui a Bíblia: seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Meu Senhor, quando observamos esta expressão, este pedido que Jesus está incluindo nesta oração, “seja feita a Tua vontade aqui na terra, como esta vontade é feita no céu” –- amigos, a vontade de Deus no céu não é contestada. Os santos anjos sabem quem é Deus, conhecem-No e sabem o Ele quer; por isso procuram sempre fazer a vontade de Deus. A ponto de, em certas ocasiões, pensarmos que os anjos não têm livre arbítrio. Eles o têm, na verdade; só que o arbítrio deles está tão afinado com a vontade de Deus que eles praticamente somem. Eles não contestam a vontade de Deus. Essa vontade é contestada aqui na terra. É mais quem quer ser superior a Deus, é mais quem quer contrariar a vontade de Deus. Mas Jesus está orando neste momento, e pedindo para você orar, que “seja feita a Tua vontade aqui na terra”. Que este marido, o cabeça da família, que essa esposa, colocada no lar como adjutora idônea [ [7] ], que esse filho, que cada um conheça qual é a sua posição e todos reconheçam que Deus é o Senhor da nossa família.
E diz em seguida o versículo onze: o pão nosso de cada dia nos dá hoje. Irmãos, quando nós pedimos em nossas orações, “Senhor, dê-me o pão de cada dia”, eu quero dizer para você que Deus não vai simplesmente abastece-lo de pão, na panificadora; não, quando eu peço o pão nosso de cada dia, eu estou pedindo todo o suprimento diário, tudo aquilo de que eu necessito, que Ele sabe que eu preciso, não apenas pão; mas o calçar, o vestir, o teto para morar, aquilo que nós necessitamos, o conforto que nós precisamos dar para os nossos filhos; quando eu peço o pão nosso de cada dia, Ele vem ao nosso encontro para dar muito mais do que aquilo que nós pedimos ou simplesmente pensamos [ [8] ].
Mas agora entramos aqui numa esfera interessante, no versículo doze, quando diz assim: perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Eu quero que você entenda, neste exato momento, que quem dita o perdão que quer de Deus, somos nós mesmos. Sou eu quem dita que tipo de perdão eu quero de Deus. Mas como assim? Aqui diz a Bíblia: perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores. De que maneira você está perdoando aquela pessoa que o ofendeu? De que maneira você está dando perdão para aquela pessoa que o atingiu? Será que o perdão tem sido integral ou pela metade? Pois bem, da maneira que você perdoa, é esta maneira que você quer também o perdão de Deus, porque quando nós oramos perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos, é porque nós ditamos para Deus o tipo de perdão que queremos. E diz a Bíblia: e não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Livra-nos da tentação. Jesus não está pedindo aqui para Deus nos livrar do pecado, não; Ele vem com o antídoto na frente, e simplesmente diz para você pedir para Deus livrar da tentação. Porque se você é livre da tentação, automaticamente você não vai pecar. E por isso, veja-se livre da tentação antes que o pecado se aproxime. E diz aí a Bíblia, porque teu é o reino –- pertence a Ele, o poder está em Suas mãos, e toda a glória pertence ao Senhor. Portanto, meu prezado amigo, irmão, ore, peça a Deus, através desta oração do capítulo seis de Mateus, e você vai ver a bênção de Deus vir sobre a sua vida. Que Deus o abençoe e guarde, hoje e sempre, amém e amém.
Perdoado
“Perdoado” é o tema de nossa mensagem neste momento. E basearemos as nossas palavras no salmo de número cento e três, versículos de um a cinco, onde diz assim a Palavra do Senhor: Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. Ele é o que perdoa todas as tuas iniquidades, e que sara todas as tuas enfermidades. Que redime a tua vida da perdição, que te coroa de benignidade, e de misericórdia; que farta a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia. Uma das coisas que mais atormenta a raça humana é justamente a falta de perdão. Pessoas que não perdoam os outros, e há delas que sequer se perdoam a si mesmas, vivendo debaixo de uma mente acusadora, onde o inimigo fica atormentando, acusando. Conforme registra o Livro do Apocalipse, no capítulo doze, versículo dez, Satanás é o acusador dos irmãos. Na realidade, antes de conhecer ao Senhor, as pessoas vivem num sofrimento atroz. E nós podemos observar, através deste salmo que acabamos de ler, que é Ele quem perdoa todas as nossas iniquidades, e quem sara todas as nossas enfermidades. Quando a Bíblia sagrada diz todas as iniquidades, é porque realmente são todas, não importa o tamanho, se é que pecado tem tamanho; a cor não importa, se é que pecado tem cor. O que importa é que é Ele quem perdoa todas as suas iniquidades. |
Quando nós observamos que é justamente o pecado que nos separa da presença de Deus, pois a Bíblia diz que “as vossas iniquidades é que fazem separação entre vós e o vosso Deus” [|[9]|]. A humanidade quer conhecer Deus, sabe que existe um Deus, mas ela não sabe onde está, como encontrar. Então ela usa todos os recursos e todos os métodos para tentar chegar a Deus. Através da prática das boas obras, da feitiçaria ou do espiritismo, da idolatria, da religião, da filosofia, através de tantos mecanismos, o elemento tenta se aproximar de Deus. Mas a Bíblia Sagrada declara que existe uma parede de separação entre nós e o nosso Deus. Você está do lado de cá, e Deus está do lado de lá, porque há uma barreira, uma separação. Você quer ver o que está acontecendo do outro lado mas não pode, porque você está separado, afastado da presença do Senhor. Mas eu quero dizer para você neste momento que o amor de Deus por você é tão grande, tão imenso e tão intenso, que Ele envida todos os recursos necessários para ter de volta a comunhão que Ele desfrutava no princípio com o homem. Ele quer voltar a tê-la com você. E como você não pode, de forma nenhuma, chegar ao outro lado dessa barreira, é justamente Deus quem toma a providência. É o que a Bíblia Sagrada declara no Evangelho que escreveu São João, no capítulo três, versículo dezesseis: Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna! Veja só a intensidade do amor que Deus tem por você, a ponto de mandar o Seu próprio Filho a este mundo, para morrer em seu lugar, para ter você de volta, para que os seus pecados sejam perdoados, e você readquira a comunhão com Deus, como Ele quer que você tenha. E é justamente isso que o salmista está dizendo para nós neste momento: que é Ele quem perdoa todas as suas iniquidades. Além de perdoar as suas iniquidades, diz aqui o trecho bíblico, é Ele também quem sara todas as suas enfermidades, é Ele quem redime a sua vida da perdição, e quem o coroa de benignidade e misericórdia. Não há ser que tenha amor tão grande, pelo que quer que seja, como Deus tem pelas Suas criaturas. Este Deus que nós servimos, que criou os céus e a terra, e coroou a criação justamente quando fez o homem. Quando fez a mulher, quando fez a mim, fez a você, obras-primas de Suas mãos, criadas à Sua imagem e à Sua semelhança.
E nós encontramos ainda o desafio extraordinário de Deus para você neste momento, conforme registra o Profeta Isaías no capítulo primeiro, versículo dezoito, dizendo: Vinde, então, e arguí-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. Verifique o que Deus é capaz de fazer com esse seu adultério, com essa sua delinquência, com esse seu vício, com sua prática de imoralidade. Ele pode perfeitamente fazer com que esses pecados sejam totalmente modificados em sua vida. Diz o capítulo quarenta e quatro, versículo vinte e dois de Isaías: apaguei as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi, é o que anuncia aqui o Senhor. Veja que quadro lindo: apaguei as tuas transgressões como a névoa. Você naturalmente já passou numa noite bem fria em uma área sujeita a neblina, onde você tem de andar bem devagarinho, até mesmo parar o carro, porque não é possível enxergar coisa alguma. Mas passe dali há pouco, quando o sol nascer: você observa aquele local por onde você passou e quase não podia andar, mas agora, você vai perguntar, cadê aquela neblina? Ela desapareceu. Pois é assim que Deus faz com o seu pecado, Ele desfaz como a névoa, Ele desmancha como a neblina. É isto que Deus quer e pode fazer com os seus pecados.
O Profeta Jeremias, no capítulo trinta e um, versículo trinta e quatro, declara: E não ensinará mais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até o maior deles, diz o Senhor, porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados. Quantos pecados você já cometeu na vida? Quantos? Quantas transgressões contra Deus você já praticou, quantas? Mas diz a Bíblia Sagrada, se nós andarmos na luz, como Ele na luz está, mantemos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado [ [10] ]. Deus perdoa, purifica, e limpa de todo o pecado, e você volta a ter aquela comunhão com Ele, a partir do momento em que a barreira de separação, feita pelo pecado, for derrubada; porque Jesus Cristo Ele veio ao mundo buscar e salvar o que se havia perdido. Nesse momento, onde você estiver, abra o seu coração e aceite Jesus como o seu Salvador pessoal, e você vai ter o perdão dos seus pecados, porque Ele pode fazer isso na sua vida. Abra o coração agora, receba Jesus e o perdão que Ele oferece. Amém e amém.
Selecione a Sua Companhia
O tema de nossa mensagem neste momento é Selecione a Sua Companhia. E eu quero neste momento dirigir-me à nossa juventude, aos jovens que nos ouvem neste momento. E basearemos a nossa palavra no que escreveu Daniel no capítulo dois e versículo dezessete, em diante, que nos diz o seguinte: Então Daniel foi para sua casa e fez saber o caso a Hananias, Mizael e Azarias, seus companheiros, para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre esse mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o restante dos sábios de Babilônia. Então foi revelado o mistério a Daniel, numa visão de noite; então Daniel louvou o Deus do céu. Este versículo dezessete que acabamos de ler, diz o seguinte: que Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Hananias, Mizael e Azarias, seus companheiros. Este moço sabia perfeitamente selecionar as suas companhias. Não obstante Daniel estar longe da sua pátria, longe da sua nação e da sua família, num lugar distante, desconhecido, onde seus familiares não estavam por perto, ele podia perfeitamente extravasar os seus sentimentos, a sua carnalidade; ninguém estaria vendo; mas não, esse moço, a primeira coisa que fez foi saber selecionar as suas companhias. Pessoas que o estariam ajudando e a quem ele pudesse de uma outra forma também ajudar. Pessoas que comungassem com ele do mesmo sentimento, do mesmo pensamento, e do mesmo Deus que ele servia. Meus prezados amigos e ouvintes da Palavra do Senhor, o grande problema da nossa juventude, hoje, prende-se ao fato de não saberem selecionar suas companhias. Jovens que hoje estão cantando no conjunto da igreja, estão louvando a Deus, de repente partem para uma escola e começam a se meter em companhia de ímpios, de pessoas que não têm a mesma índole, que não têm o mesmo pensamento. Daqui há pouco começam a se extraviar. Perdem o apetite pelas coisas de Deus, substituem os seus prazeres.
Oriente aquela pessoa que está distanciada na procura de uma igreja, para lhe auxiliar na caminhada. De tal forma que, nos momentos de dificuldades ela possa dobrar os joelhos junto com você, clamar ao Senhor e buscar a Sua presença. Deus quer que você saiba selecionar a sua companhia para, justamente num momento de dificuldade, decifrar o sonho do rei, no instante oportuno. Ele quer fazer isso em sua vida, pois na verdade a tudo Ele atende, como foi ao encontro daqueles moços. Entretanto, esse vínculo de poder com o Senhor, por mais forte que seja, ele começa a ser corrompido quando você se mete em más companhias, em más conversações.
O salmista, no salmo primeiro, diz o seguinte: “Bem-aventurado é o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se assenta no caminho dos pecadores, e nem se detém na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor e na sua lei medita, de dia e de noite.” Preste atenção a esta recomendação do salmista. Bem-aventurado é o jovem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, e nem se assenta na roda dos escarnecedores. O salmista sabe que isto vai corromper aquela vida sadia que você tem na presença de Deus. O salmista sabe que as más conversações vão corromper aqueles bons costumes que você tem aprendido em um lar cristão, em um lar que tenha o Senhor, em um lar que vive para glorificar o nome do Pai Celestial. Não saia deste aconchego. Não saia do arraial dos santos, não saia deste aconchego de irmãos e irmãs que vivem realmente na presença de Deus, buscando a face do Senhor. Como é bonito quando nós encontramos o salmista dizendo, alegrei-me quando me disseram, vamos à casa do Senhor [ [11] ]. Que convite precioso. Que convite que merece a atenção, ou que liderança esplêndida é esta, alegrei-me quando me disseram, vamos aonde? Vamos à casa do Senhor. Não é a um lugar escuso, não é a uma rodinha de escarnecedores; não é a um ambiente ilícito, onde a qualquer momento a polícia pode bater, e levar todos praticamente prisioneiros, não; mas diz ele aqui, alegrei-me quando me disseram, vamos à casa do Senhor. Na casa do Senhor você sente alegria, você sente paz, você sente gozo, você sente a presença de Deus na sua vida. Não desvie o seu caminho. Não procure ambientes que vão degradar a sua vida espiritual. Não saia do arraial dos santos, não; mas procure saber onde há um círculo de oração, onde há um culto de evangelismo, onde será feita uma vigília, este é o ambiente que vai edificar a sua vida espiritual. Mas é preciso que você saiba selecionar companhias para que você e eles andem e vão direto à casa do Senhor. Deus está interessado na sua felicidade. Deus está interessado na sua paz. Deus está interessado no seu progresso, Ele está; mas é preciso que você saiba fazer a sua parte. Que tipo de literatura você usa? Que tipo de programação você assiste? A que reuniões você vai? Diz alguém: “dize-me com quem andas e eu te direi quem és”. Se você me disser que anda na companhia de homens que servem ao Senhor, eu posso dizer perfeitamente que você é um servo do Senhor. E é justamente este título que você deve carregar consigo durante toda a sua trajetória. Não saia do seio da sua família agora, do ambiente que é simples mas é alegre; você não verá polícia batendo na sua porta, não.
Saiba selecionar a sua companhia, e viva na presença de Deus. Deus o ama, e Ele quer o seu progresso. Ele quer que você alcance a projeção na vida espiritual. Que você sirva o Senhor com alegria, mas faça como Daniel. Ele soube selecionar as suas companhias, de tal modo que, num momento de aperto, lá estavam todos eles juntos, buscando a presença do Senhor. E este Deus, que tudo vê, que tudo ouve, que atende, estava ali para mostrar os mais profundos segredos que se achavam no coração de alguém para que todos pudessem ser alcançados pela liberdade que veio através de um grupo de jovens que serviam ao Senhor. Que Deus nos abençoe e nos guarde, para sempre, amém e amém.