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CRISTO SUPERIOR A MOISÉS

O prestígio de Moisés

Cristo, Superior a Moisés. Quando estudamos a Bíblia Sagrada e analisamos a tradição do povo judeu, ficamos realmente maravilhados sobre como um povo pode manter uma tradição tão extraordinária durante milênios, sem sair do verdadeiro caminho. Uma das razões pelas quais este milagre tem acontecido é porque este povo tem a Bíblia Sagrada e, por meio dela, a orientação divina. E um povo que tem a Bíblia pode caminhar para lá e para cá, mas sempre esbarra na Bíblia e por ela é contido e reencaminhado; porque a Bíblia, na realidade, é a orientação divina para o homem na face da terra. Mas uma das coisas para que eu quero chamar sua atenção neste momento é justamente o fato de que este povo possuiu, dentro dos anais da sua história, homens que foram verdadeiros referenciais para todas as gerações futuras, pessoas admiráveis e notáveis. Entre as pessoas mais reverenciadas pelo povo judeu encontramos a figura de Moisés. Moisés, no conceito judaico, é um dos homens mais notáveis porque teve um privilégio que homem nenhum na face da terra alcançou: Moisés teve a felicidade de receber o Decálogo de Deus, ouvir e escrever numerosas outras instruções diretamente do Senhor. Era um homem de quem Deus se servia para orientar o povo. Foi justamente Moisés que recebeu no Sinai os Dez Mandamentos, as regras que temos na Bíblia Sagrada e que, posteriormente, serviram de base para quase todas as constituições do mundo inteiro. Porque ali está realmente a base divina da regra do bom viver do homem na face da terra. E Moisés teve esta satisfação e esta felicidade, de andar com Deus, de ouvir a voz de Deus, e de ter esta comunhão com Deus.

 

No conceito dos judeus do passado e do israelense atual, este homem tem, realmente, um lugar de destaque. Porém, uma das coisas que observamos é que Moisés, independentemente desse reconhecimento popular, ele alcançou posturas, dentro do plano de Deus, que homem nenhum jamais alcançou. Peço que você abra neste momento a sua Bíblia no capítulo sete do Livro de Êxodo. Você vai notar, aqui neste trecho da Escritura Sagrada, algo que realmente nos faz ficar boquiabertos: como é que um homem pode chegar a um patamar como este a que Moisés chegou? Aqui no capítulo sete está dito o seguinte: Então disse o Senhor a Moisés: Vê que te constituí como Deus sobre Faraó, e Arão, o teu irmão, será o teu profeta. Vamos repetir para que você grave bem este texto bíblico: Então disse o Senhor a Moisés: Vê que te constituí como Deus sobre Faraó, e Arão, o teu irmão, será o teu profeta. Então nós observamos aqui que Moisés alcançou esta postura justamente num momento muito impressionante da vida deste povo. Veja só: Eu te constituo como Deus. Será que já houve na face da terra um outro homem que tenha alcançado uma posição como essa? Moisés, além de ser o grande legislador de Israel, além de ser o líder deste povo durante quarenta anos, além de ter sido o homem que, guiado por Deus, libertou o povo da escravidão do Egito, e o conduziu pelo deserto à Terra Prometida, este homem com toda a certeza foi um gigante para esta nação, um homem notável, admirável, uma pessoa realmente extraordinária. Porém eu quero informá-lo de uma coisa: que não obstante este homem ter sido grandemente usado por Deus, ele não passava de um homem, um homem como eu e como você! E como tal, deve ser reconhecido como homem! Mas este legislador foi considerado pela sua nação quase num patamar divino, de Deus, admirado e respeitado; assim, colocar outro conceito ou qualquer outro personagem no lugar de Moisés, não seria fácil. Não seria fácil.

 

Como colocar Jesus acima de Moisés para os hebreus?

E então chegou a ocasião em que Jesus Cristo veio ao mundo. Quando você observa a vida de Jesus Cristo, humanamente falando, Jesus não tem o precedente extraordinário de uma linhagem; Jesus, quando aparece no cenário do mundo, já aparece fazendo os Seus milagres, quebrando conceitos de uma tradição ou de uma religião milenar. E para remover esse conceito mosaico, colocando o conceito de Cristo, não era fácil, como não o é hoje, em Israel. Mas este escritor que encontramos aqui na Bíblia Sagrada, o autor da Carta aos Hebreus, que na verdade desconhecemos quem seja, esse homem foi dotado de uma sabedoria extraordinária. Como é que ele poderia tirar Moisés do coração de um povo que tradicionalmente o admirava, para colocar um Jesus que estava começando, que estava surgindo agora?

 

O argumento a favor de Jesus

Eis o que diz a Bíblia Sagrada no início do capítulo três: Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão, que é Jesus. Esta recomendação, “considerai”, resulta de que o escritor, no capítulo primeiro, e no capítulo segundo, mostra como Cristo é superior a todas as coisas. Agora ele está dizendo aqui, considerai esse Jesus, o qual é fiel Àquele que o constituiu, como também era Moisés, em toda a casa de Deus. Observe a perícia deste homem, a habilidade, a sabedoria dada pelo Espírito Santo para que ele possa desarraigar Moisés do coração daquela geração, daquele povo; e Moisés era o homem que, para eles, tinha um conceito divino! E ele está mostrando aqui neste momento, o qual é fiel –– quem? Jesus –– Àquele que o constituiu, como também era Moisés, em toda a casa de Deus. Moisés era fiel à casa de Deus, pois era fiel a Deus; se Moisés era fiel a Deus, Jesus Cristo também tem mostrado essa fidelidade! Agora, verifique como o autor começa a contrabalançar realmente a situação entre Moisés e Jesus. No versículo três, ele diz: Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa, tem aquele que a estabeleceu. Olhe só: tanto maior honra tem, do que a casa, aquele que a estabeleceu. Pois toda a casa é estabelecida por alguém, mas Aquele que estabeleceu todas as coisas é Deus. É Deus. E Moisés era fiel em toda a casa de Deus como servo, para testemunho das coisas que haviam de ser anunciadas. Cristo, porém como Filho, sobre a sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos firmes até o fim, a ousadia e a exaltação da esperança ! (versículos cinco e seis).

 

A resistência das crenças arraigadas

Você começa a observar a habilidade deste autor, a sabedoria com que Deus o dotou justamente para tirar, por exemplo, o tradicionalismo do coração de uma pessoa. É difícil você remover essas crenças. Há pessoas que nascem como espíritas, outros como macumbeiros, ainda outros como católicos, outros como protestantes; e uma das coisas mais difíceis é você tirar o tradicionalismo de dentro do coração de uma pessoa que nasceu em certos costumes. As pessoas são capazes de se manifestar assim: “olha, eu nasci nessa e vou morrer nessa”. Por que? O que ele aprendeu durante toda a vida foi aquilo, o que ele foi orientado a seguir foi aquilo, ele foi preparado para atender e responder àquilo que lhe foi ensinado. E de repente chega uma pessoa estranha, uma pessoa de fora, e quer substituir aqueles conceitos familiares que você nutriu no seu coração durante toda a sua vida, não é nada fácil! Tirar por exemplo a idolatria do coração de um católico, ou seja, tirar aquele santo da sua devoção, mostrar para aquela pessoa que aquilo não tem valor nenhum, que foi fabricado por homens, que foi feito por uma pessoa; ou deixar de seguir realmente os ritos que você aprendeu durante toda a sua vida, lá no centro de espiritismo, na mesa branca, também não é nada fácil; mas quando temos algo superior, quando temos um argumento plausível, que mostra que aquilo tudo é uma coisa realmente inútil, que a religião, que a idolatria, que essas práticas não passam de inutilidades, e quando começamos a mostrar que existe um Ser superior, que há um Salvador que nos amou a ponto de morrer em nosso lugar, aquela pessoa começa a mudar o seu conceito. Ela começa a mudar os seus pensamentos, as suas idéias. Aquelas idéias que tinha, e às quais estava tão arraigada, aquilo vai sendo tirado, de uma maneira tremenda, porque a Palavra de Deus vai sendo cunhada na vida daquela pessoa; a Bíblia Sagrada tem esse poder extraordinário, de ir até a divisão das juntas e medulas, do espírito e da alma, e pode arrancar o tradicionalismo que existe no coração das pessoas e apresentar Jesus Cristo como Filho de Deus, como Salvador do mundo, como o único intercessor entre Deus e os homens –– precisamente nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.

 

Os diferentes papéis de Moisés e Jesus

Não foi fácil para o escritor da Epístola aos Hebreus tirar do coração daqueles judeus uma fortíssima tradição milenar, da lei, dos profetas e de Moisés, remover aquilo do seu coração, e colocar Jesus Cristo, que estava surgindo agora, o Filho de Deus, que veio, em uma forma humana, simples e natural, para nos apresentar o plano da salvação, aqui neste mundo. Não era fácil, mas Deus deu habilidade e sabedoria a esse escritor, mostrando que Jesus Cristo é superior a Moisés. Por que? Porque Moisés era um servo na casa de Deus, e Jesus Cristo foi quem edificou a casa! Então quem é que tem mais valor, o servo ou o dono da casa? Aquele que é o servo ou aquele que montou a casa? A partir deste momento ele passa a construir a superioridade de Cristo, sendo superior a Moisés e superior a todas as coisas, como diz aqui, no versículo seis: Cristo, porém, como filho em sua casa, a qual casa somos nós, se guardarmos firmes, até o fim, a ousadia e a exultação da esperança. assim pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações como foi na provocação, no dia da tentação no deserto, onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos. Por isso me indignei contra esta geração, e disse: Estes sempre erram no coração; eles também não conheceram os meus caminhos. Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso.

 

Prezado amigo leitor, primeiro este autor mostra a superioridade de Cristo, apresentando-O como Filho de Deus, Jesus Cristo como o Messias, que veio a este mundo para cumprir justamente o grande amor de Deus de que fala a Bíblia, pois Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna [ [1] ]; logo em seguida observamos que este autor passa a mostrar a superioridade de Cristo, que Cristo é superior, que Cristo é Deus, que Cristo é o grande Emanuel, é Deus conosco, que Ele veio buscar e salvar o que se havia perdido.

 

Se alguém não crê em Cristo

Mas então nós encontramos uma pergunta que ele faz, no capítulo dois, versículo três: Como escaparemos nós se negligenciarmos tão grande salvação? Como? Como é que nós podemos escapar? Se negligenciarmos a salvação que há em Cristo Jesus? Se você não crê que Jesus salva, se você não crê que Jesus é o Salvador, se você não crê que Jesus é Quem leva para o céu, se você não crê que Jesus é o Filho de Deus, se você não crê que Jesus perdoa pecados, que esperança você tem? Você sabe que existe céu e inferno. Você sabe que só existem esses dois lugares; e eis que Jesus diz, Eu sou o caminho, a verdade e a vida, e ninguém vem ao Pai, ninguém vem ao céu, a não ser por mim[ [2] ]. Então nós observamos aqui Jesus se apresentando como o caminho. Ele é superior a qualquer outro ser humano que já veio na face da terra, inclusive superior a Moisés; e se Ele é superior a Moisés, Ele é superior a qualquer outro personagem que você conheça na face da terra, seja São Francisco, seja São Pedro, seja São Paulo, seja São Joaquim –– Jesus Cristo é superior a todos, e além de ser superior a todos, Ele é suficiente para salvar todo aquele que por Ele se chega a Deus [ [3] ]. Não existe outra forma, não existe outra maneira.

 

Uma comparação histórica

Porém o escritor da Carta aos Hebreus está nos mostrando aqui um quadro que continua altamente impressionante. Depois de apresentar Jesus como Senhor, como Salvador, como Redentor, como Aquele que perdoa e que veio buscar e salvar o que se havia perdido [ [4] ]; e se você não crê, não acredita, ele faz uma comparação com o povo de Israel no deserto. Você lembra-se, quando os espias mandados por Moisés voltaram e deram aquele relatório pessimista, e toda a congregação gemeu e chorou naquela hora, porque aqueles homens diziam: “Eles são verdadeiros gigantes, e nós ficamos como gafanhotos diante deles! É claro que a terra é boa, é grande, mas lá tem gigantes!” [ [5] ] Estes homens descreram do poder de Deus, não acreditaram na grandeza soberana do Deus que eles serviam, e aquela geração de incrédulos ficou prostrada no deserto, sem poder entrar na Terra Prometida. Todos eles foram eliminados naqueles quarenta anos; por que? Por causa da incredulidade. A incredulidade é a blasfêmia contra Deus e contra o Espírito Santo. Se você não crê que Jesus Cristo salva, então quem ou o que vai salvar você? Quem vai poder salvar? Ninguém, nada. Não existe condição; e é o que encontramos aqui, quando nosso escritor mostra que a incredulidade deixou aquela raça inteira prostrada no deserto; e se você não crê em Jesus como seu Salvador pessoal, se não você não O receber como seu único e suficiente Salvador, inevitavelmente você vai ficar prostrado e direcionado para o inferno!

 

Advertência contra a incredulidade

Mas não é isto que Jesus Cristo quer: Ele veio buscar e salvar o que se havia perdido. A vontade de Deus é que nenhum homem se perca, mas que todos sejam salvos, e cheguem ao conhecimento da verdade [ [6] ]. Então o nosso autor estabelece aqui esta comparação; e no versículo doze apresenta esta advertência: Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo. A incredulidade é a maior barreira que há para o homem aceitar Jesus como Salvador. Isto é com você, que está tradicionalmente preso à idolatria ou ao espiritismo, ou à macumba, ou à religião, ou a qualquer outra coisa na face da terra. E eu quero dizer-lhe que não foi Alan Kardec que morreu na cruz do Calvário, em seu lugar; não foi aquele “pai de santo” que morreu em seu lugar; não foi Maomé que morreu na cruz do Calvário em seu lugar; não foram os santos da história que morreram no Calvário em seu lugar. Quem morreu na cruz do Calvário, em seu lugar, se chama nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele sim, tomou o nosso lugar na cruz do Calvário, e é o sangue Dele, o Seu sangue puro, o Seu sangue carmesim, que tem possibilidade de nos resgatar da maldição da morte e nos conduzir à vida eterna. Cuidado, como diz aqui o escritor de Hebreus, tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste de Deus! (capítulo três, versículo doze).

 

Não há outro intercessor

Estamos meditando no capítulo três da Epístola aos Hebreus. E mostrando, neste capítulo, que Cristo é superior a Moisés. Moisés, no conceito judaico, foi o maior personagem, o maior legislador que o mundo já conheceu, reverenciado e respeitado, e até certo ponto endeusado pelo povo judeu. Tirar Moisés e colocar Jesus, que estava surgindo agora não era fácil; mas a habilidade que Deus deu para esse escritor mostrar que Jesus Cristo é superior a Moisés, é a verdadeira e autêntica demonstração da sabedoria que Deus pode dar ao homem. Depois que você já ouviu a respeito de Jesus Cristo, que você sabe que Ele é o Salvador, que foi Ele que veio buscar e salvar o que se havia perdido, então nos adverte, dizendo, tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo. Se você descrê que Jesus é o Salvador, então não existe outra foram de salvação de Deus, não existe outra maneira. Querer ir ao céu pelas obras? Paulo, o escritor aos Efésios, declara: não pelas obras, para que ninguém se glorie; de graça sois salvos, mediante a fé, e isto é um dom de Deus [ [7] ]. Querer ir ao céu através de um intercessor ou de uma intercessora, criada pelos homens é improcedente, pois diz a Bíblia que não há outro intercessor entre Deus e os homens, a não ser Jesus Cristo; diz Ele mesmo que ninguém jamais subiu ao céu senão quem de lá desceu [ [8] ]. O único que desceu do céu, e subiu, e sabe o caminho, é Jesus; então é o único que pode levar o homem a Deus. De maneira que rejeitar esta salvação é incorrer numa perdição eterna. E a incredulidade é justamente este pecado que vai deixar milhões e milhões de pessoas para trás, caminhando para o inferno, porque não querem crer, não desejam crer, fecham os ouvidos para não ouvir que Jesus Cristo é o único e suficiente Salvador que já passou por esta terra.

 

O que foi a provocação no deserto

Pelo contrário, diz aqui o nosso escritor, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido com o engano do pecado. Porque nos temos tornados participantes de Cristo, se de fato guardarmos firme até o fim a confiança que desde o princípio tivemos. Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como foi na provocação –– não endureça, como foi na provocação, no deserto. Provocar a Deus é descrer de Deus. Provocar a Deus é dizer que Deus não existe, provocar a Deus é dizer que este mundo é fruto de uma explosão, provocar a Deus é dizer que o homem é fruto de uma evolução, provocar a Deus é não crer no Seu poder e na Sua soberania, e no Seu grande amor que tem derramado no mundo para salvação dos perdidos. Querer trocar os conceitos divinos de um Deus que criou todas as coisas e que fez o homem à Sua imagem e semelhança pela teoria darwiniana de que o homem é fruto de uma evolução, é justamente estar brincando, querendo zombar de Deus, que criou e sustenta todas as coisas pelo Seu grande poder! [ [9] ] Este Deus é justamente aquele com Quem você precisa ter grande cuidado, para nunca se afastar. E diz aqui o escritor de Hebreus que nos devemos exortar mutuamente, isto é, eu exortando você, você exortando a mim, para que Satanás não venha nos enganar, querendo mostrar uma outra coisa, como apresentar uma miragem, em lugar da realidade de Deus, ou de mostrar uma utopia em lugar de uma realidade divina; mostrar uma visão ilusória em lugar realmente daquilo que é o verdadeiro Deus, na pessoa bendita de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Os anais da história e os milhões de pessoas que já têm sido transformadas pelo poder do Evangelho, isto é prova patente de que Jesus Cristo é Deus encarnado, que esteve aqui entre nós, e veio buscar e salvar o que se havia perdido!

 

Por isso somos advertidos: hoje, amado leitor, se você ouvir a sua voz, não endureça o seu coração, como fizeram os hebreus no dia da provocação, séculos atrás, no deserto. Você, meu querido irmão, meu prezado amigo, você que está desviado do caminho do Senhor, você que pertence a uma família evangélica, mas não é evangélico, é apenas um doméstico na fé, você precisa entender que a incredulidade, a descrença, ou a procrastinação –– deixar para mais tarde Jesus Cristo –– pode ser muito perigoso para a sua vida, pode ser muito perigoso para você; mas hoje, se ouvir a sua voz, não endureça, não endureça o seu coração, é o que diz a Bíblia. Porque ficar com o coração endurecido é um risco seríssimo.

 

Os efeitos da incredulidade

Por que em lugar de Deus e da Sua Graça, você coloca no trono do seu coração os seus desejos carnais, os prazeres desta vida, a vaidade deste mundo, a devassidão que impera por aí? Você fica trocando o verdadeiro Deus por essas coisas, cuidado! Se hoje ouvir a sua voz, não endureça o coração, não fique com o coração endurecido, “não, eu não quero, eu nasci nessa e vou morrer nessa!” E você vai morrer nessa mesmo, e vai para o inferno, se não aceitar Jesus como seu Salvador pessoal. Mas o desejo Dele não é que você vá para o inferno, por isso Ele veio ao mundo e morreu em nosso lugar, derramou o Seu sangue, para purificar-nos de todo o pecado. E nós encontramos aqui o versículo dezesseis e seguintes, que dizem: Ora, quais os que tendo ouvido, se rebelaram? Não foram de fato todos os que saíram do Egito, por intermédio de Moisés? E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? E contra quem jurou que não entrariam no Seu descanso? Se não contra aqueles que foram desobedientes? Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade. Amigo, irmão, você que está distanciado do caminho do Senhor, você que tem ouvido a pregação do Evangelho, e que sabe que Jesus Cristo é o Salvador do mundo, manter o coração endurecido é uma coisa, mas manter-se na incredulidade é muito diferente. Incredulidade é não crer: eu não creio que Jesus é o Filho de Deus, eu não creio que Jesus é o Salvador do mundo, eu não creio que Jesus morreu em meu lugar, eu não creio que Ele veio do céu aqui na terra para me salvar, eu não creio; pois esta incredulidade, esta falta de crença, esta falta de fé na pessoa bendita de nosso Senhor, Jesus Cristo, como o todo suficiente e único Salvador, é que vai deixar muita gente prostrada. No deserto, aproximadamente seiscentos mil homens de guerra [ [10] ] ficaram prostrados por causa da incredulidade. Não creram em Deus, não creram no poder de Deus. Eles acreditavam mais no adversário, que pareciam gigantes e eles pareciam gafanhotos; esta incredulidade fez com que toda aquela geração perecesse e não entrasse na posse da terra. Não adiantou que Moisés houvesse intercedido, porque Moisés de fato naquele momento intercedeu; mas a resposta de Deus foi: Tão certo como eu vivo, disse Deus, e como a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, este povo não entrará na Terra Prometida! [ [11] ] A incredulidade vai deixar milhões e milhões do lado de fora!

 

O poder de Jesus em casos reais

Jesus está todo o dia mostrando o Seu poder. Ele está mostrando todo o dia a Sua Graça e você está vendo! Alguns anos atrás acompanhamos o testemunho de dois homens que eram verdadeiros terrores aqui em Campinas, pessoas que lideravam praticamente o tráfico de drogas aqui na cidade, e hoje são pais de famílias exemplares, pregadores do Evangelho por excelência; refiro-me em particular à experiência de conversão do André da Vila Rica. O que é que Deus em Jesus Cristo pode fazer por um homem pecador, por um homem perdido: Ele o transforma num verdadeiro cidadão do céu, sim! E este Jesus Cristo, Ele pode mudar o seu viver, Ele pode mudar toda a sua existência, esse seu cativeiro, essa sua depressão, essa sua incredulidade, Ele pode perfeitamente mudar isso! E colocar em você o Seu Espírito Santo! Ele pode fazer de você uma nova criatura, um verdadeiro cidadão do céu; e diz aqui, ora, quais os que tendo ouvido, se rebelaram, não foram de fato todos os que saíram do Egito, por intermédio de Moisés? Por intermédio de Moisés? Então você vê aqui o Moisés, o grande legislador, que muito embora fosse usado por Deus para libertar o povo da escravidão do Egito, não era Deus. Meu filho, Moisés não é Deus, Moisés é um homem semelhante a mim e a você; e depois esse povo pega Moisés e o coloca lá em cima, a ponto de não caber a pessoa de Jesus Cristo no seu coração. Isso aí é um problema muito sério, que nós verificamos está acontecendo hoje com o povo de Israel. Consideram Moisés como verdadeiro ídolo.

 

Você tem um ídolo?

Mas você, qual é o seu ídolo, hein? Você, qual é o seu ídolo? É a religião, é a tradição familiar? É aquele santo da sua devoção? Pois era desta forma que o povo de Israel agia; e, veja só, o santo da sua devoção, seja lá qual for, não fez a milésima parte daquilo que Moisés realizou, libertando seu povo da escravidão do Egito, tirando com mãos poderosas o povo daquele lugar; o povo de Israel tinha razão em seguir a Moisés, mas não tinham razão em colocar Moisés no lugar que pertence a Deus no coração do homem! E muitas pessoas não têm tido essa experiência que o povo de Israel teve no deserto, de ser libertado por um homem extraordinário como Moisés. Certamente o santo da sua devoção não fez por você –– se é que fez alguma coisinha –– a milésima parte daquilo que Moisés fez pelo povo de Israel. E você pode observar, aquele povo tinha Moisés como seu ídolo; e você tem um ídolo! E assim como aqueles homens da Igreja Primitiva colocaram Moisés de lado e aceitaram Jesus como seu Salvador pessoal, e dali começou o cristianismo, é isto que você precisa fazer! Você precisa experimentar que Jesus Cristo é poderoso! Você precisa experimentar que Jesus é o seu Salvador, o seu Perdoador, é Ele quem vai conduzí-lo às mansões celestiais; mas se você não crer nisso e continuar na sua incredulidade, inevitavelmente só resta o sabor de uma expectativa de morte. E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram? Cujos cadáveres caíram no deserto? E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, se não contra os que foram desobedientes? Vemos pois que, não puderam entrar por causa da incredulidade. Incredulidade. Não permita que a incredulidade tome conta do seu coração. Não permita que esta incredulidade satânica venha a ocupar o lugar que pertence a Deus na sua vida. Jesus Cristo veio ao mundo buscar e salvar o que se havia perdido. Os testemunhos do Seu poder, do Seu amor, da Sua grandeza, estão em todos os lugares; os testemunhos de centenas de pessoas que experimentaram Jesus e foram transformadas pelo Seu poder, isto é suficiente para você passar a crer nesse Jesus Cristo e no Seu grande poder. É o que você precisa fazer, é o que você necessita fazer. É voltar-se ainda hoje, e aceitar e receber Jesus Cristo como seu Salvador pessoal. Foi Ele que veio buscar e salvar o que se havia perdido.

 

Aceitar Jesus a qualquer tempo e lugar

Neste momento, onde você estiver, ou com quem você estiver, no seu carro, ou a pé, dê uma parada; na sua sala, no intervalo de almoço, em seu emprego ou repartição, no seu serviço, não tem problema; nesse momento, aí onde você está: se você agora mesmo quiser aceitar Jesus como Salvador, basta você abrir o coração, e dizer consigo mesmo: Eu quero receber Jesus como meu Salvador. Se você fizer essa confissão agora, eu quero receber a Jesus como meu Salvador, eu vou lhe informar uma coisa: você não vai ouvir toque de trombeta, não vai ver os seus cabelos se arrepiarem, você não vai sentir absolutamente nada; mas um milagre extraordinário estará acontecendo dentro de você, que é o milagre da salvação que há na pessoa de Jesus Cristo.

 

E eu quero orar por você neste instante: você que abriu o seu coração para Jesus, você pode perfeitamente abrir o coração agora mesmo e orar comigo, dizendo: Senhor Jesus, eu reconheço que sou um pecador, mas também eu sei que Tu és o meu Salvador; perdoa os meus pecados, e escreve o meu nome na Eternidade, Senhor; e dá-me o poder do Teu Espírito para uma vida vitoriosa. Eu creio que Jesus Cristo morreu para nossa justificação; mas também que Ele ressuscitou para a nossa salvação; no meu coração eu creio, e com os meus lábios eu confesso, que Jesus Cristo é o Senhor da minha vida, desde agora e para todo o sempre! Amém e amém! Você que fez esta oração comigo, com toda a certeza, você se considere, a partir de agora, participante da família de Deus.

[ [1] ] João 3:16.

[ [2] ] João 14:6.

[ [3] ] Hebreus 7:25.

[ [4] ] Lucas 19:10.

[ [5] ] Números 13.

[ [6] ] João 6:39-40; I Timóteo 2:4.

[ [7] ] Efésios 2:8-9.

[ [8] ] João 3:13.

[ [9] ] Hebreus 1:3.

[ [10] ] Números 11:21.

[ [11] ] Números 14:21-22 (modificado).