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O GRANDE EU-SOU

O Criador revelado à criatura

O tema desta mensagem é O Grande Eu-Sou. Quando queremos conhecer quem é Deus, a fonte mais patente de que dispomos, independentemente da própria criação, da própria natureza, que proclama a glória [ [1] ], a existência de um Deus magnífico, imenso, sublime, sábio [ [2] ], essa fonte está justamente nas páginas da Bíblia Sagrada. É aqui que Deus vai se revelando ao ser humano de uma maneira sistemática, paulatina; não pôde ser de uma vez porque o homem não entenderia. Então, à medida que lemos a Bíblia, vamos verificando e vamos conhecendo Deus. Como é que isso se realiza?

 

Conhecendo o Criador pelos Seus atributos

Primeiro, através de Seus atributos, atributos que são inerentes à Sua pessoa. Por exemplo: onipotência. É um atributo que somente Deus tem. Onipotente é aquele que é detentor de todo o poder. E este grande poder de Deus é visto pela criação e também pela preservação e sustentação de todas as coisas. Tudo funciona à perfeição na natureza porque por trás está a potente mão deste Deus onipotente. Ele também é onipresente. Onipresença é outro atributo que somente Deus tem. Deus é o único que está presente em todos os tempos, em todos os lugares e em todas as circunstâncias. Compare com Satanás, por exemplo; ele pode saber de muitas coisas através de seus assessores, mas Deus conhece todas as coisas porque Ele é presente em todas elas. Deus não criou todas as coisas e depois ficou alheio àquilo que criara. Pelo contrário, os mínimos detalhes da vida, o simples fio de um cabelo, de um passarinho, de uma flor lá do campo, tudo está total e continuamente presente aos olhos Dele. Por que? Porque Deus é onipresente. Mas também Deus nos mostra aqui na Bíblia que Ele é onisciente. Onisciência é justamente a capacidade que Deus tem de conhecer todas as coisas, de saber de tudo o que acontece no passado, no presente e no futuro. Ele sabe de todas as coisas, justamente porque a onisciência divina é a capacidade que Deus tem de saber tudo isso. Ele sabe o que se passa na mente de cada pessoa que está palmilhando este mundo, neste exato momento. Ele sabe quais são as suas idéias, seus intentos, seus projetos. Ele sabe quais são os seus anseios: este Deus, que é justamente onisciente, Ele conhece todas as coisas. Ninguém pode fugir da Sua presença. O salmista diz: Para onde eu me ausentarei da tua face? Se eu desço o abismo, Tu aí estás; se eu pego as asas da alva, Tu lá estás também; se eu coloco a minha cama lá no Sheol, ali Tu estás também [ [3] ]. Sheol significa que Deus tanto está no céu como no inferno. Deus está em todos os lugares, não há lugar deste universo em que Deus não esteja presente. Isso nos mostra não somente a Sua onipresença, mas também a Sua onisciência, que é justamente esta capacidade que Deus tem de saber de todas as coisas ao mesmo tempo.

 

A Eternidade e a Permanência do Soberano do Universo

Porém há um outro atributo que é inerente, exclusivo a Deus. É a Sua eternidade. A eternidade é um atributo que não pode, não tem condição de caber em qualquer outro ser do Universo, a não ser Deus. Ele é eterno. Diz a Bíblia Sagrada que de eternidade a eternidade, Tu és Deus [ [4] ]. Deus é eterno; Ele não tem princípio de dias, e nem fim de dias. De eternidade a eternidade, Ele é Deus.

 

Ainda outra coisa, em especial, que nós encontramos na pessoa de Deus, é a Sua imutabilidade. Imutabilidade é outro atributo que somente Deus possui. O que é imutabilidade? É justamente a capacidade que Deus tem de não sofrer variações, de não sofrer mudanças. Você pode observar que Deus, hoje, não é mais santo do que era há um milhão de anos atrás. Não, Ele não é mais inteligente do que era há um milhão de anos atrás. Não, Deus não muda, Ele é o mesmo, ontem, hoje e eternamente. A Bíblia declara que Nele não há mudança, e nem há qualquer sombra de variações [ [5] ]. Isto é uma segurança excepcional para nós, que somos Seus filhos, Seus seguidores, termos à nossa frente Alguém que não envelhece, não precisa se aposentar, Alguém que é eterno e imutável. E a respeito desta imutabilidade de Deus, nós encontramos, por exemplo, quando Ele se manifesta aos Seus filhos na face da terra, um dos atributos que Ele ressalta é justamente este.

 

Eu-Sou revela-se à criatura

peço que você tome a sua Bíblia e anote aí, agora, este texto bíblico, no Livro de Êxodo, no capítulo três, versículos treze e catorze, que nos declara o seguinte: E então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós, e eles me disserem: Qual é o Seu nome? Que lhes direi? E disse Deus a Moisés: Eu sou o que sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós. Eu sou me enviou a vós. Veja através deste nome que Deus dá a Moisés para que comunique ao seu povo quem Ele era: aqui estava a apresentação do Deus de Abraão, do Deus de Isaque, do Deus de Jacó, o Grande Eu-Sou. Você, que sabe conjugar um verbo perfeitamente, você sabe que esta expressão aqui do verbo ser, eu sou, ela está no presente, ela é presente, e em todo o tempo que você conjugar o verbo, dizendo, eu sou, você simplesmente está mostrando a atualidade e a presença constante deste Deus que não muda. Deus não está dizendo aqui, “olha, Eu-era me mandou a vocês outros”. Eu era o Deus de Abraão, Eu era o Deus de Isaque, Eu era o Deus de Jacó. Não, Eu-sou o que Sou, Eu-sou, o Deus de Abraão, Eu-sou, o Deus de Isaque, Eu-sou, o Deus de Jacó. Por que?

 

Ao longo das eras, Ele é o mesmo

Duas coisas impressionantes nós encontramos aqui neste texto bíblico. Primeiro, a imutabilidade de Deus. E outra, que Deus Ele nunca deixa de ser Deus, por mais que a pessoa tenha passado deste mundo para a eternidade, já existiu aqui na face da terra há quinhentos, ou mil, ou dois mil, ou três mil anos, mas Ele continua sendo o Deus daquela pessoa que passou aqui pela terra, porque, diz a Bíblia, Deus não é Deus dos mortos, mas Ele é Deus dos vivos [ [6] ]. Isto é um sintoma muito claro de que Abraão, Isaque e Jacó continuam vivos e têm um Deus presente com eles, que é o Grande Eu-sou. Este Grande Eu-sou nos dá a garantia de que, como diz a Bíblia Sagrada, ainda que esteja morto, viverá; ou seja, você tem um ente querido que está no túmulo, e você também pode até passar para a eternidade, mas não interessa; para o túmulo vai o seu corpo, mas o seu espírito, onde estiver, ele tem um Deus, e quem é esse Deus? É o eterno Eu-sou. Ele estará sempre presente conosco, como diz a Bíblia, e conosco até a consumação dos séculos [ [7] ]. Se é que os séculos vão ter consumação, então Deus estará presente em toda a eternidade, na sua vida e onde você estiver.

 

Então você observa aqui que quando Deus disse a Moisés, Eu-sou me enviou a vós outros, não é Eu-era, ou Eu-serei, não, Eu-sou o que Sou. O que significa dizer que o Deus que nós servimos, o Deus que nós adoramos, o Deus que é o Senhor da nossa vida, Ele é sempre esse eterno Eu-sou. Não é Eu-era. Olha, você pode até pensar assim: “Há alguns tempos atrás Deus permitiu que aquela tal coisa assim acontecesse, mas agora Ele já está mais maduro, Deus amadureceu mais, Ele está mais inteligente, mais sábio”. Não adianta você fazer qualquer conjectura desta maneira porque, como eu já declarei, Deus não muda. Ele é o eterno presente, o eterno Eu-sou, não é Eu-era, não! “Eu agi no passado de um jeito, mas agora estou agindo de outro” –– não, não existe mudança no intelecto deste Deus, não existe mudança na atitude deste Deus, Ele é o mesmo. Ao estabelecer as Suas leis neste universo, tanto as leis da natureza como as leis espirituais, Deus não muda a Sua atitude, o Seu comportamento. Quando a Bíblia diz que Deus não toma o culpado por inocente, seja esta pessoa quem for, seja o maior ganhador de almas, se esta pessoa errar, Deus jamais vai ter o culpado por inocente. Deus não muda, Ele é o mesmo de ontem, e de hoje, e o será eternamente. Não adianta, como diz o insensato no seu coração, não há Deus [ [8] ]. Não há Deus. Pode existir o ateu que existir, pode pregar contra Deus como pregar, pode escrever que não existe Deus, que nem isso vai mudar Deus: Deus continua o eterno Eu-sou. Não é o conceito dos homens sobre Ele que O vão mudar, não, absolutamente não!

 

Muitas vezes nós erramos; e quando erramos procuramos saber onde foi que o fizemos, para que? para que possamos nos corrigir daquilo que cometemos. Mas Deus não tem isso, Deus não tem esse tipo de variação, não tem esse tipo de mudança. Ele é o mesmo! Quanto ao propósito que Ele tem para a nossa vida, não há quem o possa demover; não adianta Maomé pregar uma coisa, Confúcio pregar outra, ou Buda pregar uma terceira a respeito de Deus: o nosso Deus não muda de acordo com os conceitos humanos, absolutamente, não. Ele é o mesmo de ontem, e de hoje, e assim será eternamente. O Deus que salvou aquele ladrão lá na cruz, através da pessoa de Jesus Cristo, é o mesmo que salva o bandido de hoje, não houve mudança. Deus jamais vai dizer assim: “Ah!, Eu errei em salvar aquele elemento na última hora.” Não, Deus não erra, não existe isso em Deus, Ele é santo, Ele é eterno, Ele é imutável! Deus não é aquele que se arrepende, como o homem se arrepende. O homem muitas vezes comete as suas atrocidades, comete os seus desatinos e depois que faz as asneiras que fez, ele diz: “Ah!, estou arrependido do que fiz!” Deus não é o homem para que se arrependa [ [9] ]! E nem o filho do homem para que venha a ter qualquer mudança em sua vida; isto acontece no mundo dos homens, mas no mundo de Deus não existe essa mudança.

 

Emanuel, o Deus conosco

Ao estudamos este Deus que agia no passado e que se apresenta como o Grande Eu-sou, verificamos que este Deus agora se apresenta com o Seu amor eterno, habitando entre os homens; e no capítulo oito do Evangelho que escreveu São João, versículo cinqüenta e oito, acha-se feita a seguinte declaração: Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Que antes que Abraão existisse, Eu sou. Antes que Abraão existisse, Eu sou. Quem é este Eu-sou? É Aquele mesmo que disse para Moisés, Eu-sou o que sou. E diz aqui: antes que Abraão existisse, Eu sou.

 

Quem é Jesus? Jesus é o próprio Deus, que já existia antes que Abraão palmilhasse este mundo. É este Grande Eu-sou que Se apresenta agora no Novo Testamento como o Filho do homem. Que, pelo seu amor eterno, fez com que deixasse a Sua glória e viesse aqui a este mundo. Como a Bíblia declara em João, capítulo três, versículo dezesseis, porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Tenha a vida eterna, olhe bem. Deus amou o mundo de tal maneira –– foi este amor incrível, este amor imutável, este amor imensurável que fez este Deus deixar a glória eterna, a presença dos Seus querubins e serafins, e vir às regiões inferiores deste mundo, para morrer na cruz do Calvário. Para demonstrar, não apenas com palavras, mas com atos, este amor que Ele tem por mim e por você. Ele não muda, Ele é o mesmo. E diz aqui a Bíblia Sagrada, “antes que Abraão existisse, Eu sou”. Quem é Jesus? É Deus. De eternidade a eternidade, tu és Deus. No Livro do Apocalipse Ele declara: Eu sou o alfa e o ômega, o princípio e o fim. Aí está Ele!

 

No capítulo primeiro do Evangelho de São João, diz ali que No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós; e nós vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. Aqui está: este Jesus, quem é Ele? É o próprio Deus. E quem é Jesus? O Grande Eu sou, como Ele mesmo declara aqui: que antes que Abraão existisse, Eu sou. Então este Grande Eu-sou, que é o eterno presente em nossa vida, que é auto suficiente para ajudar-nos neste mundo, ajudou os nossos antepassados, esteve presente na vida das gerações que já palmilharam este mundo, e está presente hoje, na nossa vida, na Sua igreja, e entre nós.

 

Jesus, o pão da vida

E nós encontramos aqui algumas características interessantes deste Grande Eu-sou. Observe primeiramente no Evangelho que escreveu São João, no capítulo seis, e o versículo trinta e cinco, que diz o seguinte: E Jesus lhe disse, eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim, nunca terá sede. Você observou a expressão que Jesus apresenta aqui? Para nós outros, que estamos ouvindo a Sua palavra, Eu sou –- perceba bem o Grande Eu-sou Se manifestando ––, aqui Ele se apresenta como o que? Eu sou o pão da vida. Irmãos queridos, este pão é diferente daquele pão que você compra na padaria. Há vezes que você chega à panificadora e encontra um pão quentinho; mas há horas que você chega lá e o pão já está frio, talvez até murcho. E existe nas prateleiras de uma panificadora pão doce, pão de milho, pão de centeio, pão francês, pão italiano, pão sírio, pão de queijo, pão de torresmo –– e até pão de ontem, que você pode comprar em forma de torradas; assim você tem uma variedade de pães a escolher; mas há dias que você chega na padaria e não tem pão: faltou trigo, faltou o padeiro, a loja está fechada. Você queria pão, mas não tem. Entretanto, o que nós estamos apresentando aqui para você, neste momento, é um pão que não envelhece, não esfria, não fica duro, é um pão que nunca falta –– porque Ele diz: Eu sou! Eu sou o pão da vida, aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede! Que coisa magnífica, quando este Grande Eu-sou se apresenta aqui como alimento da nossa vida espiritual!

 

E também é suficiente para todas as pessoas que se achegarem a Ele. É possível que se chegarem cem pessoas na padaria ao mesmo tempo, e todos comprarem pão, daqui há pouco se esgote e não haverá mais pão para vender; mas este Jesus, que é o pão da vida, Ele é suficiente para alimentar toda a humanidade por toda a Eternidade; e a pessoa que se alimenta Dele nunca vai ter fome, nunca vai ter sede, porque Ele é o eterno Eu-sou! Ele é o pão vivo que desceu do céu! Ele é auto-suficiente para alimentar, como está alimentando, milhões e milhões de pessoas que O têm aceito como seu Salvador pessoal. Eu sou o pão que desceu do céu. Aquele que vem a mim não terá fome.

 

Esta fome que o Senhor sacia, sabe qual é? É aquela fome espiritual que você tem. Sabe que você tem uma fome incrível no seu coração? É essa fome que você tem e que o leva a se dobrar e curvar perante um ídolo; é essa fome que você tem no seu espírito e que o leva a freqüentar as religiões do mundo, é essa fome que você tem e que o leva para a frente dos orixás, lá no centro de macumba, na mesa branca do espiritismo. Você fica procurando porque é uma sede; mas no dia em que você aceita Jesus como seu Salvador pessoal, esta fome é saciada. Diz o Livro de Hebreus, no capítulo quatro, versículo três, aquele que crê em mim já entrou nesse descanso. Você descansa quando aceita Jesus. A coisa mais difícil que pode existir na face da terra é uma pessoa que encontrou Jesus como seu Salvador e que ainda ande procurando alguma outra coisa. Não, ele simplesmente sacia a sua fome e a sua sede, e a partir desse momento não tem mais esse problema em sua vida! Glória ao nome de Jesus para sempre!

 

Então este pão vivo que desceu do céu está disponível para você neste momento. Está disponível nesta hora, basta você abrir o coração e dizer, “eu quero este pão vivo que desceu do céu, eu quero esta água”. Como disse a mulher samaritana: “Dá-me desta água, para que eu nunca mais volte a ter sede” [ [10] ]. Então este Grande Eu-sou está disponível para você, Ele é o eterno presente.

 

Jesus, a luz do mundo

Em segundo lugar, nós encontramos em João, capítulo oito, versículo doze, o Senhor dizendo assim: Falou-lhes Jesus pois, outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas [ [11] ]. Então você vê esta luz que tem nome, e o nome desta luz é Eu-sou; e sendo o eterno Eu-sou, o eterno presente, não é Eu-era; como você muitas vezes diz: “Ah!, a minha bateria, ou a bateria do meu carro estava carregada e eu tinha luz no farol do meu carro; quando eu pagava a energia elétrica, eu tinha luz em casa; quando a pilha da minha lanterna estava carregada, eu podia caminhar pelas matas, porque tinha luz” –– mas eis que acabou a bateria, acabou a energia, e você ficou no escuro. Mas o que nós encontramos aqui é Jesus dizendo: “Eu sou a luz do mundo”, e isto significa dizer que esta luz jamais se apagará, jamais vai declinar. Por que? Porque é energizada pelo Grande Eu-sou, por este eterno presente, que não descarrega a bateria e nem precisa recarregar mais adiante, não. Ele é a luz do mundo, é o eterno Eu-sou, que está disposto a iluminar o seu caminho. Qual caminho?

 

Jesus, o caminho

Esse caminho de trevas em que a gente anda: chega de noite, você não sabe para onde vai, não sabe se vai para uma “boîte”, não sabe se vai para um motel, não sabe se vai para um prostíbulo, não sabe se vai para uma casa noturna. Você não tem luz no seu caminho, você não tem uma direção, porque você anda em trevas; mas no momento em que você aceita Jesus como seu Salvador pessoal, você saberá agora por onde se dirigir, e por onde andar! Porque vai caminhar junto com a luz do mundo, este Jesus Cristo que pode iluminar o caminho da sua vida! E Ele, quando ilumina a sua vida, Ele mesmo declara: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim [ [12] ].

 

Sim, meu querido irmão, é este Jesus que, além de iluminar o caminho, Ele lhe diz, Eu sou o caminho. Quantas e quantas pessoas andavam errantes neste mundo, nos antros de bebida, de tráfico de drogas, de vícios, de prostituição, quantas e quantas pessoas caminhavam já cansadas, envelhecidas, doentes; porque é isto que o pecado traz para a pessoa. Mas no momento em que você se encontra com Jesus, tudo se torna claro, tudo se torna novo, tudo se torna esplêndido, você passa agora a saber o que é viver, você passa agora a saber o que é a autêntica e verdadeira vida –– porque Jesus disse, Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Diz Ele que “Eu vim ao mundo justamente para trazer vida, e vida com abundância! [ [13] ]” É isto que nós precisamos entender: que este eterno Eu-sou também é esta eterna luz que não se apaga, está sempre disponível. É uma questão simplesmente de você querer, de você desejar, de você saber que Ele está pronto justamente para ajudá-lo, em toda e qualquer circunstância! Glória ao nome de Jesus! Aleluia!

 

Jesus, a porta das  ovelhas

Como vimos, Deus não tem variações, Ele é o eterno Eu-sou. Eu sou o pão da vida, justamente, porque nunca seca, nem deteriora, nunca cessa de existir este pão. Eu sou a luz do mundo, o que demonstra claramente que Jesus Cristo continua brilhando nos corações dos povos e de tantas pessoas que assim o desejam. Mas em terceiro lugar nós encontramos aqui em João, capítulo dez, versículo sete, que diz: Tornou pois, Jesus a dizer-lhes, em verdade, em verdade vos digo, que Eu sou a porta das ovelhas. Aqui está mais uma vez o eterno Eu-sou, a porta das ovelhas. O que vem a ser, na realidade, esta porta das ovelhas? Você sabe que todo o aprisco ou que todo o curral tem, com toda a certeza, a sua porta, e essa porta serve para a entrada e para a saída destas ovelhas. A Bíblia diz, Jesus falando, que “quem entrar por mim entrará, e sairá, e achará pastagens”. Então a porta das ovelhas, que é uma porta permanente, não é uma porta que você pode comparar a Jesus. Trata-se da porta de um curral ou de um aprisco comum, porque pode acontecer de um dia alguém fechar esta porta. Mas a porta desse aprisco celestial, que é Jesus, ela tem duas maneiras de ser. Primeiro, você sabe que ao final da tarde, normalmente, os pastores trazem os seus rebanhos para guardá-los no aprisco. Para protegê-los contra os lobos, para guarda-los contra os ursos, contra os leões; então são colocados dentro do aprisco. A primeira coisa que acontece com uma pessoa quando aceita a Jesus como Salvador e entra neste aprisco é que, ao mesmo tempo, tem-No (a Jesus) não apenas como a porta do aprisco mas também como pastor dessas ovelhas. E você vai encontrar, com toda a certeza, esta proteção, este cuidado, este carinho que Jesus Cristo dá a todos aqueles que entraram para o Seu abrigo. Então, dentro de um aprisco você tem proteção, dentro de um aprisco você tem cuidado, dentro de um aprisco são tratadas as feridas, dentro de um aprisco encontra-se também a dedicação do pastor, no sentido de tirar os carrapichos e qualquer bicho ou alguma coisa que tenha atingido a pele da ovelha. Mas a porta do aprisco continua aberta. Para que? Para que as ovelhas possam sair e encontrar pastos para se alimentar. Assim, a porta de um aprisco é uma das coisas mais preciosas que pode existir para uma ovelha. Porque ela tanto pode entrar para se abrigar como pode sair para se alimentar.

 

Quando uma pessoa aceita a Jesus como seu Salvador, o eterno Eu-sou, acaba de encontrar a porta. Eu sou a porta. É uma porta eterna, que não se fecha, porta que está permanentemente à disposição; quando uma pessoa cansada lá do mundo, perseguida pelo pecado, pelas forças satânicas, pela atrocidade do mundo, pela violência dos homens, quando essa pessoa corre e entra na porta deste aprisco, ela está nesse momento recebendo Jesus Cristo como seu Salvador  e como seu Protetor. Quando você entra neste aprisco, que é Jesus, você passa a receber do Seu carinhoso amor, do Seu afeto paternal; Ele está disposto a acalmá-lo, acalentá-lo, tirar todo o problema que está em sua vida, Ele está disposto a lhe dar a tranqüilidade de que você necessita. Quando você aceita Jesus como Salvador, você entra neste descanso perfeito; mas também existe o momento em que você pode sair do aprisco e, diz a Bíblia, “entrará e sairá, e achará pastagens”. É claro que o aprisco que Jesus Cristo coloca à sua disposição é semelhante àquele que nós encontramos na realidade daquela época, em que as ovelhas saiam, e eram levadas pelo pastor para o campo, para comer, para se alimentar, para pastar. Assim a ovelha saía por ali, pelos campos, pelos prados, alimentando-se; mas ali por perto também estava o seu aprisco: qualquer coisinha ameaçadora ela corria para o seu abrigo e para a sua segurança. Jesus Cristo diz: “Eu sou a porta, esta porta que nunca se fecha, esta porta que está eternamente aberta, que você pode entrar à hora que você quiser, e que você pode sair também à hora que você desejar”.

 

Mas não sair para pecar, como diz o Apóstolo São Paulo: não use da liberdade para pecar [ [14] ]; você entra numa igreja, e você sai; você entra numa igreja e você ali recebe o carinho do Senhor, e você sai para enfrentar o mundo lá fora, e você lá fora saberá como e de que deve se alimentar. Então, quando o Senhor diz, Eu sou a porta, é porque Ele está sempre aberto e está sempre disponível para que você entre e saia, à hora que você quiser. Você não fica dentro de um aprisco obrigado, e nem também você é obrigado a sair. Você tem liberdade para sair e para entrar à hora que você quiser.

 

Jesus, o Bom Pastor

E, em quarto lugar, nós encontramos em João, no capítulo dez, versículo onze, onde mais uma vez o eterno Eu–sou (não é o Eu-era, ou o Eu-serei) chega e diz: Eu sou o bom pastor, eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O bom pastor está disponível para dar a própria vida pelas suas ovelhas. Isto, meu querido irmão, significa que quando você aceita este eterno Eu-sou como seu Pastor, Ele quer que você esteja presente junto Dele. A Bíblia declara que “aquele que vem a Mim, de maneira nenhuma Eu lançarei fora, de forma alguma Eu vou lançar fora aquele que vem a Mim” [ [15] ]. Não estamos aqui com uma questão da predestinação, não é? De que a pessoa está eternamente salva; se uma vez salva, está salva para sempre, não; o que o Senhor está dizendo é que aquele que vai a Ele, de maneira alguma Ele a lançará fora. Jamais Jesus manda uma das suas ovelhas embora. Jamais Jesus expulsa alguém de dentro de casa, jamais Ele vem chutar alguém e mandar escorraçar, “que você não presta, você não dá para ser ovelha, você tem que ir embora daqui”, não, jamais. Diz Ele: aquele que vem a Mim, de maneira nenhuma Eu o lançarei fora. Você pode ser uma pessoa problemática como for, você pode ser uma pessoa difícil de lidar como for, você pode ter os seus altos e baixos como tiver: uma coisa eu lhe digo, Jesus jamais vai mandar você embora por causa dos seus defeitos, das suas falhas. Agora, você pode ir embora, você de fato pode ir embora. Um pai pode querer que um filho fique em casa, mas não pode obrigar que um filho fique permanentemente em casa. À hora que o filho quiser ir embora de casa, ele tem liberdade para sair. Jesus de maneira nenhuma lança alguém fora; mas se a pessoa não quer ficar, ela tem liberdade, a porta do aprisco está aberta: você pode sair à hora que quiser.

 

Mas eis que nós encontramos esta afirmação aqui, “Eu sou o bom pastor, o bom pastor dá a vida pelas ovelhas”. Na história do Rei Davi há o relato de que, certa feita, quando estava pastoreando seu rebanho, um leão veio e tragou uma de suas ovelhas. Ele foi atrás desse leão, encontrou-o e viu que só aparecia ali a ponta da orelha fora da boca do leão; pois ele matou o leão e tirou a ovelha de dentro da sua boca. Este é o papel do autêntico pastor. “Eu sou o bom pastor, que dá a sua vida pelas ovelhas.” Dar a vida. Isto foi demonstrado por Jesus Cristo na cruz do Calvário, quando Ele morreu em meu lugar, Ele morreu em seu lugar, quando Ele morreu em nosso lugar. Ali estava Ele dando uma demonstração cabal de que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Este bom pastor é aquele que está disposto a levar você para o pasto verdejante, para as águas tranqüilas, e Ele faz você repousar seguro, como diz o salmo vinte e três. Este pastor amoroso, que está sempre ao seu redor, cuidando, livrando do perigo e do mal, para que você sinta a segurança de estar sempre perto Dele. Então diz Ele que o bom pastor dá a sua vida por suas ovelhas, e é isto que Jesus Cristo tem feito por mim e tem feito por você. É dando a Sua vida em resgate da nossa vida, para que você sinta a segurança, e você sinta constantemente a presença Dele perto de você.

 

Jesus, a resurreição e a vida

E, em quinto lugar, em João capítulo onze, versículo vinte e cinco, nós encontramos aqui o Senhor dizendo: Disse-lhes Jesus, Eu sou a ressurreição e a vida. Você observou, Eu sou? No primeiro item, o pão da vida, Eu sou o pão da vida; no segundo item, Eu sou a luz do mundo; no terceiro item, Eu sou a porta das ovelhas, no quarto item Eu sou o bom pastor, e no quinto item, Eu sou a ressurreição e a vida. Aqui em João, capítulo onze, versículo vinte e cinco, disse Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. Ainda que esteja morto, viverá. Há uma diferença muito grande entre este eterno Eu-sou, que se chama Jesus, e qualquer outra pessoa na face da terra. Verificamos, por exemplo, que um homem, quando se casa com uma mulher, ele promete ampará-la em todas as circunstâncias da vida: promete ampará-la na alegria ou na tristeza, na enfermidade ou na saúde, ele promete. De fato assim acontece no dia dos votos, mas daqui há pouco acontece alguma coisa na sua vida, e esse homem morre. E aquele que prometeu tantas coisas, aquela esposa que tinha tanta esperança nele, de repente ele foi embora, desapareceu, acabou-se. Pronto. E agora, o que fazer? Nada; procurar refazer a vida, e seguir os passos em frente. Mas nós encontramos aqui Jesus dizendo: Eu sou a ressurreição e a vida.

 

Esta questão de alguém passar e você ficar vivo é uma coisa; mas o problema maior é alguém querer oferecer a você uma coisa depois de morto. Depois que você morreu. Depois que você morreu, o que adianta alguém ter prometido alguma coisa para você? O que é que uma pessoa pode fazer? O que ela pode fazer, no máximo, é cuidar do seu mausoléu, é cuidar da sua sepultura por algum tempo; porque depois de certo tempo não vai mais poder cuidar disso tampouco, já que alguém terá de cuidar dela depois; então nós observamos justamente que ninguém pode prometer nada para quem quer que seja depois da morte. Mas encontramos Jesus dizendo: Disse Jesus, Eu sou a ressurreição e a vida. Só esta palavra já é suficiente para você saber que este Grande Eu-sou não está presente apenas nesta vida, mas estará também do outro lado da vida. Quando Jesus disse para o ladrão na cruz, “hoje mesmo estarás comigo no paraíso” [ [16] ], esta é uma promessa que ninguém pode fazer para ninguém, mas Ele fez. Por que? Porque Ele é o dono da vida, é o autor da vida. Ele é a ressurreição e a vida. Nós estamos aqui neste mundo e não sabemos quando Jesus Cristo vai voltar. Ele pode voltar hoje, Ele pode voltar amanhã, Ele pode voltar daqui há cinco anos ou cinqüenta anos. Ele pode voltar quando você não estiver mais aqui na terra, quando você tiver morrido há muito tempo, como muitas pessoas que estão no túmulo e que passaram para a Eternidade nesta confiança de que Jesus Cristo voltaria; elas hoje estão no túmulo, estão dormindo, o seu espírito está com Deus. Mas eis que Jesus disse: Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. Aquele seu ente querido que partiu para a Eternidade, cujo corpo está lá no túmulo; você mesmo, se vier a falecer e for para o cemitério, você pode partir deste mundo na plena certeza de que este que é o Grande Eu-sou, a ressurreição e a vida, Ele vai se levantar e vai também fazer com que você ressurja da sepultura, para uma vida perfeita, para uma vida sublime, para uma vida gloriosa, porque Ele é o eterno Eu-sou, Ele é o eterno Eu-sou no presente, Ele é o eterno Eu-sou no futuro, Ele é o eterno Eu-sou do passado, Ele é o eterno Ser da eternidade! Eu-sou o que sou, disse o Senhor Jesus Cristo.

 

A nossa esperança

Alguns homens do passado, como Davi, entendiam que o Hades era um lugar de delícias, um lugar gostoso, um lugar aprazível: estar ali no seio de Abraão devia ser muito bom; mas antes de sua morte, ele chegou a dizer, eu sei que não deixarás a minha alma no Hades [ [17] ]. Eu sei que não deixarás a minha alma no Hades. Esta era a confiança que Davi tinha, que mesmo depois da morte havia Alguém que iria visitar o Hades e tirá-lo dali. Também encontramos quando Balaão declarou, enquanto ainda estava em sintonia com Deus: eu vê-lo-ei, mas não agora, eu vê-lo-ei com os meus próprios olhos, porque uma estrela, ela procederá de Jacó [ [18] ]. Balaão tinha a certeza que iria ver o Senhor mais tarde, mesmo depois da sua morte. Por que? Esta é a confiança que nós temos no eterno Eu-sou, Neste que é a ressurreição e a vida, glória ao nome de Jesus para sempre! É justamente esta esperança que nos faz prosseguir e glorificar o Seu nome, em todos os sentidos da nossa vida. Vale a pena ser crente, vale a pena seguir este grande Eu-sou, porque Ele nunca irá nos decepcionar; continue na presença Dele, e continue glorificando o Seu santo nome, porque Aquele que disse, que vem, virá, e não tardará [ [19] ]. Ele é o Grande Eu-sou.

[ [1] ] Salmo 19:1.

[ [2] ] Jeremias 51:15.

[ [3] ] Salmo 139:7 em diante, esparso.

[ [4] ] Salmo 90:2.

[ [5] ] Tiago 1:17.

[ [6] ] Mateus 22:32

[ [7] ] Mateus 28:20.

[ [8] ] Salmo 14:1, 53:1.

[ [9] ] Números 23:19.

[ [10] ] João 4:15.

[ [11] ] João 8:12.

[ [12] ] João 14:6.

[ [13] ] João 10:10.

[ [14] ] Gálatas 5:13, I Pedro 2:16.

[ [15] ] João 6:37.

[ [16] ] Lucas 23:43.

[ [17] ] Salmo 16:10.

[ [18] ] Números 24:17.

[ [19] ] Hebreus 10:37.